Jornalismo de Catástrofe e a divulgação institucional

O trabalho de pesquisa apresentado no Confibercom 2014 (de que falamos em posts anteriores) foi divulgado pelo sistema de comunicação institucional do UniCEUB. A pesquisa fala sobre as características do jornalismo de catástrofe e também sobre a cobertura dada ao tema mudanças climáticas (aquecimento global) no Brasil.

UniCEUB participa de Congresso Internacional de Comunicação em Portugal – é o título da matéria divulgada.

 

Alguns tópicos do Confibercom 2014 para registro

 Além do que levo na bagagem de minha ida a Braga (Portugal) para participar do Congresso de Comunicação, e de ter tido a oportunidade de rever amigos profissionais que não via fazia tempo e de encontrar novos amigos e novas ideias, quero registrar tópicos para reflexão.

 

Emili Prado da Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha) enfatizou, em sua participação na Sessão Plenária Agenda Ibero-americana de investigação em comunicação, o processo de deterioração que anda em curso nos meios públicos na Espanha: ferramentas para medir a audiência e o uso do resultado com o único argumento para afirmar que a televisão comercial é melhor do que a pública e para imputar financiamento cada vez menor aos meios públicos, ainda mais depois da crise financeira global de 2008.

 

Manuel Pinto da Universidade do Minho (Portugal), na mesma sessão plenária, desenvolve o argumento de que há, na atualidade, três discursos eufóricos. O primeiro desses discursos é que hoje os sujeitos são ativos, são cidadãos plenos que tomam parte e tem atitude ativa diante do mundo por conta da web 2.0 e das tecnologias, sem levarem conta que a apropriação da nova tecnologia não é uniforme para todos os cidadãos do mundo. O segundo é de que há uma nova humanidade, os nativos digitais que possuem competências e habilidades diferentes dos seres antigos, não revelando a diversidade e o que é desigual. O terceiro discurso é de que o problema da Educação se resolve com tecnologia principalmente para crianças, sem levar em conta que esse é um discurso de agentes políticos que apostam que com uma tecnologia específica (mais rápida) muda-se a realidade.

 

Nas sessões paralelas, Comunicação para Ciência foi outro tópico que investi tempo e participação. Um tópico para registro é o caráter estratégico da comunicação junto a entidades públicas financiadoras de pesquisa. Os pontos são a produção e a difusão dos resultados (periódicos científicos) e a produção e a difusão pública (sociedade e mídia). Há, ainda que incipiente, em países no Norte da Europa, a tendência de introduzir o cidadão a participar da ciência, inclusive opinando sobre o conteúdo e a destinação de recursos. Em vários momentos, os participantes das sessões paralelas manifestaram a relevância de nunca esquecer que são os cidadãos (todos em cada um dos países) que pagam pela Ciência e por isso devem ter o direito de participar e de opinar. Literacia comunicacional em Ciência foi um dos pontos chave dos trabalhos apresentados. Os participantes também comentam que o número de jornalistas de ciência (científico), em Portugal e Espanha, está reduzido nos veículos de massa e por isso aprimorar a comunicação de cientistas é muito importante. Outro ponto chave é o biometria da produção científica e o indicar fator de impacto.